Os alimentos e ingredientes funcionais podem ser classificados de dois modos:
- quanto à fonte: de origem vegetal ou animal;
- quanto aos benefícios que oferecem, atuando em seis áreas do organismo: no sistema gastrointestinal; no sistema cardiovascular; no metabolismo de substratos; no crescimento, no desenvolvimento e diferenciação celular; no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes.
Para que um alimento seja considerado funcional, ele deve apresentar as seguintes características:
- devem ser alimentos convencionais e serem consumidos na dieta normal/usual;
- devem ser compostos por componentes naturais, algumas vezes, em elevada concentração ou presentes em alimentos que normalmente não os supririam;
- devem ter efeitos positivos além do valor básico nutritivo, que pode aumentar o bem-estar e a saúde e/ou reduzir o risco de ocorrência de doenças, promovendo benefícios à saúde além de aumentar a qualidade de vida, incluindo os desempenhos físico, psicológico e comportamental;
- a alegação da propriedade funcional deve ter embasamento científico;
- pode ser um alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha sido removido;
- pode ser um alimento onde a natureza de um ou mais componentes tenha sido modificada;
- pode ser um alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes tenha sido modificada
Já o nutracêutico é um alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios médicos e de saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento da doença. Tais produtos podem abranger desde os nutrientes isolados, suplementos dietéticos na forma de cápsulas e dietas até os produtos beneficamente projetados, produtos herbais e alimentos processados tais como cereais, sopas e bebidas. Os nutracêuticos podem ser classificados como fibras dietéticas, ácidos graxos poliinsaturados, proteínas, peptídios, aminoácidos ou cetoácidos, minerais, vitaminas antioxidantes e outros antioxidantes (glutationa, selênio).
O alvo dos nutracêuticos é significativamente diferente dos alimentos funcionais, por algumas razões, como:
- enquanto que a prevenção e o tratamento de doenças (apelo médico) são relevantes aos nutracêuticos, apenas a redução do risco da doença, e não a prevenção e tratamento da doença estão envolvidos com os alimentos funcionais;
- enquanto que os nutracêuticos incluem suplementos dietéticos e outros tipos de alimentos, os alimentos funcionais devem estar na forma de um alimento comum.
Esta postagem foi baseada no artigo "Alimentos funcionais e nutracêuticos: definições, legislação e benefícios à saúde", de Fernanda P. Moraes e Luciane M. Colla. Para fazer o download do artigo completo, clique aqui.
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